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MP reabre investigação que envolve Yossef e metrô em SP

Doleiro investigado na Lava-Jato é suspeito de ter pago propina nas obras do monotrilho
publicado 15/01/2016
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(de Dona Mancha)

Em O Globo:

MP reabre investigação sobre Youssef em São Paulo

Doleiro investigado na Lava-Jato é suspeito de ter pago propina nas obras do monotrilho
   
SÃO PAULO - O Conselho Superior do Ministério Público determinou a abertura das investigações sobre a participação do doleiro Alberto Youssef no suposto pagamento de propina nas obras do monotrilho de São Paulo. O inquérito tinha sido arquivado pelo promotor Augusto Eduardo de Souza Rossin, em setembro de 2015, que não viu indícios de crime.

De acordo com o conselho, é necessária a realização de novas diligências para investigar se houve algum tipo de desvio de contratos da Sanko Sider, que fornece tubos para obras, para e foi alvo da Operação Lava Jato. Além de Youssef, o inquérito investigava o Metrô de São Paulo, a Construtora OAS, o Consórcio Queiroz Galvão, a Bombardier e o engenheiro Vagner Mendonça, que seria o contato de Youssef com o Metrô.

As investigações partem de materiais apreendidos com o doleiro Alberto Youssef durante a primeira fase da Operação Lava-Jato. Em agosto do ano passado, promotores paulistas foram a Curitiba para acompanhar um depoimento de Youssef sobre o caso.

O doleiro afirmou que a planilha apreendida era uma relação de empresas que seriam clientes em potencial de uma empresa fabricante de tubos com quem teve negócios. O proprietário da Sanko Sider, Marcio Bonilho, confirmou a versão em depoimento à CPI da Petrobras em 2015.


Em tempo: Sobre o monotrilho, prometido por Alckmin para 2014, segue trecho de matéria de CartaCapital daquele ano:
http://www.cartacapital.com.br/revista/828/a-planilha-de-youssef-7774.html

(...)

Outro caso parecido é o trecho do monotrilho entre a estação Oratório e Vila Prudente, na capital paulista, integrante da linha 15-Prata do Metrô. No documento apreendido, a Construtora OAS, consorciada com a Queiroz Galvão e a canadense Bombardier, seria o cliente do doleiro em um contrato de cerca de 8 milhões de reais. Prometida pelo governador Geraldo Alckmin para janeiro deste ano, o monotrilho ainda não entrou em operação. O presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, o vice-presidente do setor Internacional, Agenor Medeiros, e mais três dirigentes foram presos pela PF. Na planilha aparecem ainda outros projetos de estatais paulistas, a começar por duas adutoras da Sabesp e obras no trecho Sul do Rodoanel. No caso da construção do anel rodoviário, em 2009, o TCU havia apontado ao menos 79 irregularidades graves, inclusive sobrepreço. Na planilha do doleiro, a menção ao Rodoanel precede a inscrição do valor de 1,5 milhão de reais. No caso da construção do estádio do Corinthians, o cliente de Youssef seria a Sacs Construção e Comércio, responsável por remanejar a tubulação da Petrobras sob o terreno. A retirada dos tubos foi um dos motivos do atraso na entrega do estádio-sede da Copa do Mundo. Na página 19, o projeto está orçado em 1,3 milhão de reais e tem como cliente final a estatal, mas no site da Sacs, a empresa informa que o clube arcaria com as despesas.

(...)