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Como o lavajatense soube da reunião?​

Quem espiona o advogado de Lula?
publicado 02/11/2016
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Como se sabe, o imparcial Moro de Curitiba grampeou o escritório de advocacia que defende, entre outros, o Presidente Lula.

Em qualquer outro logradouro medianamente civilizado, o imparcial de Curitiba teria sido destituido de suas megalomaníacas atividades só por esse grampo.

Mas, aqui...

Nota

Reportagem publicada nesta data (1º/11) pelo jornal O Estado de S.Paulo, intitulada “Amigo de Moro encontra defensor de Lula”, afirma que uma reunião deste advogado com o Dr. Luiz Fernando Delazari, também advogado, ocorrida no meu escritório, teria causado “desconforto” e “desconfiança” a integrantes da força-tarefa da Lava Jato.

Ocorre que jamais me reuni com qualquer advogado por ser ou se apresentar como amigo do juiz federal Sérgio Moro. Como esclareci ao próprio jornal, o único amigo íntimo do citado magistrado com o qual advogados do meu escritório tiveram contato para despacho foi com o Desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região. E quanto a ele, subscrevi, com outros colegas advogados, na defesa do ex-Presidente Luiz Inacio Lula da Silva, exceção de suspeição porque entendemos que tal relação de amizade íntima o coloca em situação objetiva de suspeição para julgar Sérgio Moro, nos termos do art. 254, I, do Código de Processo Penal.

Por outro lado, a citada reportagem não esclarece de que forma os agentes públicos da Lava Jato teriam tomado conhecimento de reunião privada entre advogados para apresentar ao jornalista tais percepções de “desconforto” e “desconfiança”.

Diante disso, também na data de hoje, protocolei requerimento perante a Comissão de Prerrogativas da OAB/SP pedindo que sejam tomadas as providências cabíveis para apurar a veracidade dos fatos contidos na reportagem e, ainda, sobre a existência de hipotético monitoramento de advogados ou qualquer espécie de cerceamento às atividades inerentes à advocacia — o que revelaria mais um gravíssimo atentado ao Estado Democrático de Direito pela Operação Lava Jato.

O documento está disponível em www.abemdaverdade.com.br.

Roberto Teixeira
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