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Siemens: a maracutaia era geral !

Será que o Ayres Britto vai tirar uma soneca, de novo ? E o FHC, comprar outro apê ?
publicado 27/08/2013
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Saiu no Tijolaço:


Siemens: “maracutaia” era geral, dos dois lados



Ladrão que age sozinho, por anos, em meio a uma multidão de incautos e distraídos, amigos, procurem nos romances policiais.

Nas organizações, sejam empresas ou governos, a corrupção é uma teia de cumplicidades.

Se era preciso mais evidências, a matéria de hoje do Estadão, assinada por Fernando Gallo e Fernando Schelle, as dispensam.

Do lado da empresa, que quer limpar a fachada, depois das milionárias condenações por suborno mundo afora:

“Um dos ex-executivos da Siemens que denunciaram a formação de cartel no sistema metroferroviário de São Paulo e Brasília sabia da existência de uma conta secreta em um paraíso fiscal operada por integrantes da empresa no Brasil, mas não relatou o fato no acordo de leniência firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)”.


E do lado do poder público:

“No Brasil, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual paulista investigam vínculos do cartel com políticos e agentes públicos. Ex-presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) Sérgio Avelleda, que ocupou o cargo no governo de José Serra (PSDB) e depois dirigiu o Metrô no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), já é réu em ação de improbidade administrativa.”

A matéria registra, ainda, aquele óbvio que tínhamos registrado aqui: a história de Adílson Primo de que não sabia de nada, inclusive para que servia a conta em seu nome e no de outros três dirigentes no Banco Itaú de Luxemburgo, é conversa que nem aos bois faz dormir.

Portanto, ficamos assim: no mundo real, só quem faz assaltos desta monta sozinho – deixemos de lado os Arsène Lupin para os livros e filmes – é a agente administrativa Cristina Maris Meinick Ribeiro.

Clique aqui para ler sobre o bode expiatório - PHA

E aqui, em assunto parecido, uma historieta em quadrinhos, em que aparece Gilmar Dantas (*) - PHA

Esta, sim, é um gênio do crime: adivinhou que ia chegar justamente naquele dia um processo de R$ 615 milhões da Globo, foi à repartição, colocou-o numa bolsa e levou-o para casa. Tudo com o único e exclusivo fim de colocar em seu armário e, diariamente, admirar, embevecida, o produto de sua ousadia, sem que nada houvesse sido tramado com ninguém e nenhuma vantagem pudesse advir disso.

Pelo menos foi o que o nosso valente Ministério Público concluiu, não foi?

Por: Fernando Brito



(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…