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Ayres rasga a fantasia e contracena com um Marinho

Por que o Big Ben de Propriá não condena a Justiça, que já entrou na sala da Censura ? Ele defendeu o Azenha ?
publicado 09/04/2013
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Saiu no Globo o dueto de um dos filhos do Roberto Marinho - o Rodrigo já os identificou, como a rapaziada do BV - com o Presidente do STF que fez a diferença: marcou o enforcamento do Dirceu para a hora em que os eleitores de São Paulo votavam no Haddad.

(Não deixe de ler "Janio desmonta o Mentirão"; o professor Falcão, que "confirma: a Globo condenou o Dirceu"; "Barbosa não vai à Costa Rica contra o Dirceu"; e "Big Ben de Propriá entra na ONG da Globo e da Souza Cruz, duas organizações que fazem bem à saude do povo".)


Ayres Britto: controle externo da imprensa é 'antessala da censura'



Para o ex-ministro e ex-presidente do STF, a imprensa livre é “elemento conceitual” da democracia brasileira

PORTO ALEGRE – O ex-ministro e ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ayres Britto, criticou nesta segunda-feira em Porto Alegre as iniciativas que propõem a criação de um conselho externo para monitorar as atividades da imprensa. Segundo Ayres, que recebeu o prêmio Liberdade de Imprensa concedido pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE) - http://www.iee.com.br/ -, a criação de um organismo externo de regulação configuraria a “antessala da censura prévia”. O prêmio foi entregue na sessão de abertura do 26º Fórum da Liberdade, promovido pelo IEE.

Britto explicou que qualquer proposta nesse sentido teria de ser considerada inconstitucional porque a imprensa livre é um “elemento conceitual” da democracia brasileira.

- A imprensa só pode ser controlada por ela mesma, só pode ser avaliada criticamente por ela, assim como ocorreu com o judiciário a partir da criação do CNJ, ou por meio de controle difuso do consumidor da informação. Estou convencido de que caminharemos naturalmente para a criação de um mecanismo de controle e regulação internos – disse o ex-ministro.

O vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, também foi homenageado com o prêmio Libertas – Empresário de Comunicação, concedido a empreendedores que se destacam no mercado pela valorização dos princípios da livre inciativa e do estado democrático. O prêmio foi entregue pelo empresário Jorge Gerdau.

Marinho destacou que o discurso da regulação externa da imprensa tem por trás não uma intenção de censura, mas uma tentativa de enfraquecimento dos grupos empresariais de mídia, como forma de torná-las “dependentes economicamente” do Estado.

- Relutei em aceitar a homenagem porque acho que nós, jornalistas, é que devemos saudar quem defende a liberdade de imprensa. Mas achei que esta poderia ser uma noite didática para falar desse tema, na medida em que há determinadas minorias tentando nos desestabilizar. Tenho plena confiança nas nossas instituições na defesa desse princípio constitucional – afirmou João Roberto Marinho.

O vice-presidente das Organizações Globo fez questão de saudar o outro homenageado da noite por ter sido o relator do processo no STF que determinou, em 2009, o fim da lei de imprensa criada no regime militar.

O presidente do IEE, Michel Gralha - http://www.feijolopes.com.br/web/site/xhtml/content/advogados/default.aspx?id=3 -, destacou que é difícil lutar pela liberdade no país devido à cultura paternalista de que o Estado pode e deve interferir na vida cotidiana dos cidadãos.

- Se quisermos crescer e viver melhor, precisamos mudar a cultura que nos deu ditados populares ultrapassados. No Brasil, quem espera pode ser que alcance no final do mês uma bolsa-família – ironizou.