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Pinheirinho: TJ-SP pode ir ao CNJ

Presidente do TJ paulista pode ser representado no CNJ por desocupação de Pinheirinho, revela Protógenes.
publicado 17/02/2012
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O Conversa Afiada reproduz press-release que recebeu:

Presidente do TJ paulista pode ser representado no CNJ por desocupação de Pinheirinho, revela Protógenes


Em Ato Público em protesto contra a desocupação do bairro Pinheirinho realizado ontem (16/02) na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, os deputados Protógenes Queiroz (PCdoB - SP), Paulo Teixeira (PT-SP), Ivan Valente (PSOL – SP) e o Senador Eduardo Suplicy (PT-SP) avaliaram a possibilidade de entrar com representação no Conselho Nacional de Justiça contra o Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, pela responsabilidade na reintegração de posse da área desocupada em favor da massa falida do especulador Naji Nahas. Estiveram presentes ao ato representantes de movimentos sociais, juristas, entre eles  Fábio Konder Comparato, além de moradores despejados.


Segundo Protógenes Queiroz -  autor do pedido de criação de Comissão Externa da Câmara dos Deputados para investigar a desocupação no bairro de São José dos Campos que abrigava mais de 600 famíias -  a representação deve acontecer em breve.


O Conversa Afiada aproveita para tratar do discurso do deputado Emiliano José, do PT da Bahia, que celebrou o fato de não ter havido um Pinheirinho na Bahia, no motim de alguns soldados de Polícia Militar:

“Não houve Pinheirinho na Bahia”


"É Carnaval, Bahia”. Ao utilizar a tribuna da Câmara, o deputado federal Emiliano José (PT-BA) comemorou a realização de uma das maiores festas populares do planeta: o carnaval. Para o parlamentar, os baianos  brincarão o carnaval, mais uma vez, em paz e sem violência, ainda que muitos considerassem a ideia de que não houvesse a festa, em virtude da greve de parte da PM baiana. "Havia, quem, no campo da política, quisesse que não houvesse carnaval. E que insistia que a greve devia se estender, que não houvesse solução rápida. Esperavam, e torciam por imprevistos violentos, para além do inevitável crescimento da violência decorrente da própria paralisação da PM baiana. À boca pequena, que ninguém seria louco de declarar isso, esperava-se que a greve da PM pudesse ser a Pinheirinho do PT". Não foi. Segundo dados da Secretaria de Turismo do estado da Bahia, são esperadas 500 mil pessoas para o carnaval. Ainda de acordo com informações do comandante geral da PM, coronel Alfredo Costa, ao todo, 19.727 homens e mulheres da Polícia Militar do estado serão utilizados no sistema de policiamento no período da Operação Carnaval 2012. 550 militares e 40 viaturas da Força Nacional de Segurança também irão atuar durante a folia, sob orientação do comando da operação especial.


Emiliano José falou ainda sobre a comparação feita pelo DEM entre a desocupação do prédio da ALBA pelos grevistas e a retirada de moradores do Pinheirinho, em São Paulo. “A ‘Pinheirinho do PT’, na avaliação dos catastrofistas do DEM, viria como decorrência da invasão do prédio da Assembleia, de uma eventual reação armada dos ocupantes, de algum revide dos soldados e agentes das forças federais. Não sabiam certamente a diferença de uma e outra orientação. Há pouco cheguei a escrever um artigo sobre os usos e costumes do PSDB quanto a movimentos populares e a tudo que se refira ao povo”.


O deputado lembrou também que o desfecho da greve na Bahia foi obtido corretamente, sem violência. Além disso, reconheceu-se o direito das reivindicações feitas pelos grevistas, ao contrário do triste episódio de 81, quando outra movimentação de militares da PM, no estado, foi resolvida à bala, com mortes, pelo governador biônico de então, Antônio Carlos Magalhães.


Para Emiliano, a condução do governador Jaques Wagner nas negociações com os grevistas demonstrou que a autoridade de um governante afirma-se com serenidade e firmeza, diálogo e, sobretudo, sem o uso da violência. "Não houve Pinheirinho na Bahia. Não houve derrota da democracia (...), afinal de contas, os tempos são outros".