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STF: quem não quer sentir orgulho do Brasil ?

O sujeito da esquina acha que o Supremo tem contas a ajustar com ele
publicado 08/05/2011
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O Globo publica neste domingo na pág. 12 imperdível entrevista com João Silvério Trevisan, escritor, ensaísta, filósofo e cineasta:


“Há muito tempo eu não sentia orgulho do Brasil”



“Para escritor, após a decisão do Supremo (sobre a união de homossexuais – o que o Cerra pensará disso ?), o país não tem mais como recuar na garantia dos direitos dos gays”


“O próximo passo é a criação de uma lei que puna a homofobia” – clique aqui para ler o texto do Jean Willys, aqui publicado.


Diz Trevisan, certeiro no ponto:

“O mais importante não é o movimento em função do casamento, mas a aceitação de que existem homossexuais no Brasil e que seus direitos não são diferentes dos direitos de nenhum outro cidadão.”


“A união estável faz um reconhecimento de que os homossexuais amam. O seu amor tem os mesmos direitos e deveres do amor de heterossexuais.”


“ ... (a decisão do STF) foi uma lição para o Brasil de que nós, homossexuais, com nossa firmeza e resistência, temos o nosso direito de amar”.

Navalha
Este ansioso blogueiro também teve orgulho do STF.

Especialmente do voto pioneiro do relator Ayres Britto, o patrono dos blogueiros sujos.

O Conversa Afiada sempre desconfiou de juízes que menosprezam o Zé Mané da esquina, como faz, invariavelmente, o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*).

Clique aqui para ler “Gilmar não leva o sujeito da esquina em consideração”.

Como diz o Trevisan, é óbvio que a decisão da Suprema Corte deriva em boa parte da firmeza e da resistência dos homossexuais brasileiros, que enfrentaram, até, um Brasil que é campeão mundial de atos de intolerância e ódio, como lembrou o Ministro Marco Aurélio de Mello.

(Atos de intolerância contra gays, nordestinos, negros e judeus – é bom completar a lista.)

O sujeito da esquina, porém, acha que o Supremo tem contas a ajustar com ele.

É sobre a lamentável decisão de anistiar a Lei da Anistia e, por extensão, os torturadores do regime militar.

Como Legislativo não age, o STF, breve, terá de se pronunciar, de novo, sobre a matéria.

Estão aí as revelações do Chico Otávio sobre o Riocentro.

Os nomes que a Globo não revela, mas que o deputado Paulo Ramos do PDT do Rio, relembrou.

Está aí a informação da Carta Capital: os militares brasileiros, como os argentinos, sequestraram bebês.

E a morte de Ernesto Sabato, símbolo da resistência civil ao esquecimento, ao olvido e à obediência devida.

A anistia à Lei da Anistia cairá como, em breve, serão punidos os crimes de homofobia.

Depende de você, amigo navegante.


Paulo Henrique Amorim



(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.