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A nova classe média: são 31 milhões de pessoas no Governo Lula

publicado 17/05/2010
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Artigo: A nova classe média


A economia brasileira vive uma transformação estrutural desde 2005, quando o consumo das famílias passou a crescer a taxas sistematicamente superiores à expansão do PIB. De outro lado, a conjunção positiva de níveis de emprego, renda, crédito e confiança fizeram o varejo nacional crescer acima do PIB e do consumo nos últimos seis anos.

Em 2009, apesar da profunda crise internacional, que impactou o Brasil e levou o PIB a crescimento negativo (-0,2%), o consumo cresceu 4,1% e o varejo 5,9%. Portanto, deflagrou-se um processo dinâmico no mercado interno que alimenta a demanda e permite ao varejo crescer de forma contínua e acelerada.

As projeções da GS&MD - Gouvêa de Souza para 2010 apontam para expansão do consumo de 7,5% e do varejo de 8,5%. O desempenho do primeiro trimestre mostra que há potencial para taxas maiores de crescimento.

As bases para o crescimento vigoroso do consumo e varejo no Brasil começaram no Plano Real, com os programas sociais de distribuição de renda - que culminaram no Bolsa Família - expansão do salário mínimo e barateamento e ampliação de crédito, além do crescimento econômico que gerou emprego e aumento de renda.

Este processo vem transformando a estrutura sociodemográfica do país e dando origem a uma classe média emergente. As classes B e C já respondem por cerca de 43% do potencial de consumo nacional. Sua participação nas famílias brasileiras pulou de 50% para 60% entre 2003 e 2009.

O potencial de elevação de consumo decorrente da expansão e aumento de renda discricionária da classe média emergente atrai investimentos e interesse por empresas de consumo e varejo pelo mercado brasileiro.

O fenômeno e a perspectiva de expansão da classe média emergente trazem consigo o crescimento da região Nordeste - 46% das famílias da região recebem o benefício do Bolsa Família e 42% dos trabalhadores formais ganham salário mínimo.

Com a expansão de ambos, o benefício no Nordeste é maior. Adicionalmente, investimentos em infraestrutura, turismo e migração fabril vêm contribuindo para o dinamismo e perspectivas na região. Empresas que sabem se relacionar com esses consumidores colhem os frutos.

O formato de "atacarejo", interpretação brasileira que transformou o Cash & Carry europeu em hipermercado para consumidores de baixa renda, vem ganhando espaço no varejo de alimentos e atraiu o interesse de Carrefour (que adquiriu a rede Atacadão), Grupo Pão de Açúcar (que adquiriu a Assai) e Walmart (que vem expandindo o formato Maxxi).

Se a economia brasileira mantiver uma taxa de crescimento médio de 4,5% ao ano, até 2014 o mercado de consumo poderá atingir R$ 2,6 trilhões e o varejo - excluindo veículos e combustíveis - movimentará cerca de R$ 830 bilhões por ano.

A classe média será um importante motor da expansão e as empresas que souberem decifrar seu comportamento e expectativas viverão um período de grandes oportunidades.

 

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